sexta-feira, 7 de maio de 2010

Fundimentos

Senta-te..
Olha-me fixamente
Sorri
Toca-me..

Acaricia-me..
Dá-me amor
Calor
Dá-me aconchego

Beija-me..


Envolvência de lábios
Apenas um beijo, um enrolar de braços
Esquecemos todos os maus presságios
Tudo se apaga .... e quebramos os compassos

Deixa de haver sons..
..Somente a nossa respiração
Toma tantos diferentes tons
Ouvir-se-ia o pulsar de um coração

E aí começa:

Tiras-me a camisola
tocas-me;
é sempre assim..
Não pares de me beijar
Aliás - Pára.

Antes sou eu quem te percorre o corpo
A orelha e o pescoço
Desço devagar até me agarrares
Puxares-me com força o cabelo e parares!

Roubas mais um beijo
Já é sôfrego
Grande era o desejo
E aí procuraste o meu âmago

Comecei a suar pois o encontraste
Seríamos nesse momento já um só
O amor transformou-se em carne
E não nos reconheciamos mais

Eu deixei de ser eu
Tu deixaste de ser tu
Éramos personagens
Nesse mundo de máscaras tão rude e violento

Mas aí estavam os nossos corpos
Iguais, puros, e manchados pelo
nosso próprio prazer sedento
suorento, ardente e maquinal

..E apaixonado..

Que nada mais existisse

Que nada mais existisse por favor..

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