sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Personalidades



Madeiras. Umas por cima das outras.
Com espaços, discurso descritivo.
Temos três. Por cima os desincriptadores.
Abaixo aqueles sobre a humanidade e os seus feitos,
No meio os verdadeiros romances.
De seguida a bonecada. E por fim
uma rapariga à beira de um ataque de nervos.

Manchas de tinta no branco.
Manchas negras para distinguir.
Como são manchas cada um saberá
dar-lhes uma interpretação.
Daí a discussão e o debate.
... Sobre as manchas, isso sim é engraçado!
Mas voltando aos calhamaços...

Pesadões, velhos e enfadonhos,
São aqueles que ninguém cheira.
Daí ninguém lá chegar.
Mas mais longe ainda estão os significados.
Há a chave para tudo! Ou quase tudo desde há uns 30 anos.
Para quê pegar-lhes?! Não trazem nada de interessante...
Ambos estão lá porque... É bom tê-los por perto...

Os verdadeiros autores isso sim!
Verdadeiros criadores. Que raio de lugar comum!
Lá escreviam histórias de traições e incestos!
Cada um era mais bêbado que o outro
E depois era só pancadaria, corridas de cavalos e sonhos eróticos!
Friamente não são mais que episódios comuns de paródia...
Mas era a escrita. A palavra e a sua simplicidade e complexidade....
Era de tal maneira paradoxal que
uns iam para a censura e outros lambiam-se de gosto!

De seguida a bonecada, que também tem muito que se lhe diga.
Pintar não é para todos, mas não existe escrita.
A mancha negra que há pouco referi.
E por fim uma rapariga à beira de um ataque de nervos.

1 comentário:

Rita Tavares Dias disse...

E mais uma vez, o David em grande.
Gostei imenso do poema, tornou-se o preferido (dos que conheço).