terça-feira, 30 de janeiro de 2007
Projecção
Ao inicio é apenas uma luz.
Um raio milimétrico que cresce com a sua distância.
Ao ouvir um som constante, o sujeito incomoda-se,
No entanto demonstra uma expressão de curiosidade.
Vira-se e sorri, voltando a admirar o branco milimétrico.
Os outros vão entrando, cada um da sua forma.
O primeiro de ar altivo parece um veterano.
A seguir vem o solitário, que olha todos com receio.
Senta-se na extremidade, discretamente.
Finalmente vêm vários, cada um pior que o outro.
Os sons começam arrebatadores.
As luzes apagam-se e o veterano
Fecha o livrete de cartaz, encarando a tela.
O da ponta instala-se sem receios.
Os piores que os outros continuam o murmúrio.
Aquele que lá estava antes parece mudado!
Olha as cores com tal fascínio, parece um amador.
O altivo olha para ele de lado, rindo-se.
O solitário parece analisar cada forma.
O ruído da última fila só vem incomodar.
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3 comentários:
bom poema, original
Mais um execelente poema não é verdade? Gosto da descrição que fazes. E o último verso é, para mim, o melhor.
Keep going
Excepcional. Gostei muito. De uma simplicidade que diz tudo, e como as coisas se querem simples
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