Galopante o feixe de luz a incidir
Quebra-me a retina e abre uma nova estrada.
Nela há várias rotas, luminosas e periféricas.
Uma delas é o tabuleiro de xadrez,
azul branco preto, sangue alcatrão e chuva.
A flanela da máquina fotográfica…
a ela cabe a tasca, onde todos choram.
E é cada gota que enche um copo
e quem o bebe parte a garganta com golpes.
É bela a dissecação do ser humano,
Tal como um samurai enfaixado
pelas queimaduras das toxinas
do lacrimejo do seu velho lobo de olhos vermelhos
que noite após noite não parava de uivar ao sol
e o sol ingrato soprava-lhe folhas frias.
Inspira
Outro parágrafo
Caem-me as mãos. Afundam-se as unhas.
Carne adentro, carne adentro, carne adentro.
Já sai pus, já sai mal, já sai negro.
É aí que acordo e vejo que vivi o suficiente.
O suficiente desperdiçado.
Sempre tive mau acordar.
E como se não bastasse andar às voltas no túmulo
ainda tenho uma dor na cabeça…
Por favor alguém escave e abra este caixão.
Porque a febre já é muita e preciso do meu elixir.
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